quarta-feira, 25 de junho de 2014

O amor nos tempos do Facebook (ou a arte de calar a boca)

Olá meus caros leitores, hoje farei uma postagem que não foi eu que redigi, vi no Yahoo! e achei legal compartilhar com vocês...

O título de lá é o mesmo que está aqui no blog, bom, espero que vocês gostem, porque eu gostei e me identifiquei muito com a postagem... ( Saudade dessa época...)
Postagens minha tenho algumas como rascunho por aqui, ainda não terminei. Como vocês puderam perceber, este mês de junho mal tive tempo de escrever aqui, mas isso será corrigido em julho... Prometo!

Link da postagem original: O amor nos tempos do Facebook (ou a arte de calar a boca)
Segue a postagem original abaixo.

O amor nos tempos do Facebook (ou a arte de calar a boca)

Você é do tipo que guardava os sentimentos para si? (Foto: iStock)


Foi um bilhete perdido no bolso de uma jaqueta velha que me trouxe até aqui. Sou de um tempo em que se escreviam bilhetes, cartas e recados que nunca seriam entregues. Um tempo em que as paixões se consumiam no silêncio - bem antes da internet nos transformar em tratores, cavalos, brutamontes cheios de opinião.

Tinha uma certa grandeza em ficar calado. Gostar de alguém e não fazer deste sentimento um parangolé multicolorido era um sinal de caráter. Sim, éramos românticos e covardes - nada parecidos com esses elefantes em loja de cristal que se espalharam pela rede, com seus posts afiados, sacadas inteligentes e um jeito rude de se colocar.

Não existia esse anonimato virtual. No máximo, um telefone sem fio bobinho, um amigo confidente que sabia da sua paixão e ficava jogando com isso por meses. O nosso jeito de permanecer anônimo, e manter alguma dignidade frente ao amor negado, era calar a boca.

Ninguém sabia ainda o que era se esconder atrás de uma identidade fake. Além disso, era arriscado demais sair atirando pela janela sentenças de amor e ódio. Naquela época, a gente pagava um preço por tudo o que se fazia e dizia. Tenho alguma saudade do tempo em que a gente sabia calar a boca. Vocês, não?

Mas o bilhete que eu encontrei no bolso da minha jaqueta puída me trouxe justamente para o tempo em que a gente ainda gravava fitas cassete, em que rabiscávamos poemas ruins em folhas de caderno e que se ensaiava declarações na frente do espelho.

Hoje, nosso amor é whatsapp, crianças...

Naquela época, faz tempo, poucos eram os caras que entregavam seus bilhetes ridículos de amor. Eu mesmo, confesso, não saberia o que fazer se, ao passar os olhos por minha letra feia e palavras tortas, você sorrisse e dissesse "sim".

Eu nunca estive pronto para o seu "sim".

Não saberia o que fazer no momento seguinte do nosso primeiro beijo. Era atrapalhado demais para lidar com compromissos, projetos e frustrações reais. Não saberia como ser um namorado de verdade. Não, naquela época, definitivamente, não.

Meio besta falar isso hoje - em que a gente sabe tudo.

Perdi seu "sim", mas guardei o bilhete.

- Grande coisa! - vão dizer os comentaristas deste blog.

Pouco importa.

Com o bilhete na mão, fui procurá-la no Facebook.

...

Família bonita.

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